terça-feira, 25 de janeiro de 2011

precisar. de.

sabe, é preciso ser forte nessa vida, nada é fácil como enquanto estamos sonhando. felizmente.
é preciso muitas coisas para caminhar em paz, se é que buscamos pela plena paz.
qual o verdadeiro propósito disso tudo? sofrer até quais circunstâncias e até quando? é preciso sofrer desse tanto? quando não se abre os olhos do coração, os verdadeiros olhos, sim, é preciso.
a imensidão de dúvidas é eterna e é exatamente por isso que é intrigante e prazeroso viver.
ache pessoas que podem transformar as mazelas da vida em boas lições.
consiga se imaginar sozinho daqui há 10 anos e não entre em desespero por isso.
olhe para cima, para baixo, para lugares que você esqueceu de olhar. e ache lindo como um filme em câmera lenta.
pare de se martirizar agora por todos os erros cometidos na sua jornada. pare, mas pare mesmo.
não deposite suas forças e energias nas costas de alguém. tenha, acima de tudo, pena dessa pessoa que está sendo responsável pelo seu peso. se ponha no lugar dela. aliás, se coloque no lugar dos outros e esqueça um pouco de você às vezes.
nem sempre o que cansamos de ouvir e ler por aí a respeito disso, tem o mesmo efeito de quando a vida nos pega desprevenido.
cometa erros sábios, por amor vale tudo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pleonasmo da descoberta

Desde o último dia em que postei aqui, pelo menos duas vezes na semana me lembro de escrever inúmeras coisas que, na correria do dia a dia, soam como algo interessante para ser registrado. Até aí tudo bem. Isso quer dizer que meu lado criativo ainda não morreu e eu estou antenada. O lado ruim dessa baboseira toda, é que mesmo lembrando, tendo ideias e até mesmo anotando em um pedaço de papel que eu sempre perco pelo meu quarto, nada do que elaborei apareceu por aqui.
Às vezes me pego pensando em como seria bom eu descobrir de uma vez por todas o que realmente me desperta paixão. Mas esse assunto daria uma bela discussão comigo mesma e eu prefiro deixar para outro post. Quem sabe um milagre acontece e eu volto aqui para contar que expulsei o encosto da preguiça de uma vez por todas do meu caminho e melhor ainda, que arranjei o meu verdadeiro dom. Enquanto isso não acontece e agora estou dramática e nostálgica o suficiente para me lamentar e afirmar como sou uma pessoa perdida nesse mundão de meu Deus, tenho a honra de postar um texto que estava perdido no meu computador e que fez meus olhos brilharem. Nele, está uma relação de (quase) todas as coisas que felizmente não tenho dúvida alguma em afirmar minha paixão.
Há três anos escrevi isso para justamente, depois de algum tempo, ter a certeza que nosso interior nunca muda. Felizmente nossa essência para sempre será a mesma. Amém.
Descobertas como essa me trouxeram de novo para cá.

Até a próxima e tão esperada descoberta. Aguardem.

--


Me sentir íntima
Me sentir útil
Misto- quente de pão de forma branco
Coca gelada
Cabelo limpo num dia corrido
Terminar o dia tranqüila
Seriado mongol
Family Guy
Dirigir
Marcha deslizante
Carros altos
Sorriso largo
Ombros largos
Cintura
Carne, muita carne
Fazer alguém rir
Batata com molho de queijo
Maracujá
Bracólis feito pela Lurdinha
A Lurdinha
Bom-humor
John Lennon
Meu celular finalmente com crédito
Sapatos, sim, muitos sapatos
Me sentir limpa
Pele limpa
Falar devagar
Tiririca
Saber a letra de cor
Não ter que conviver com brigas diárias
Pessoas de bem com a vida
Meu café matinal feito pela Lurdinha
Minha mãe aliviada
Minha avó aliviada também
Cortina blackout
Barulho de ventilador
Macarrão gordinho
Arroz gordinho
São Paulo
Final de tarde
Sotaque
Sensação pré-algo-muito-bom
Filme de comédia
Dançar esquisito
Falar coisas sem sentido e rir muito disso
Viajar
Minha irmã
Ser escolhida (exceto para programas furados, claro)
Me manter ocupada
Escrever e conquistar alguém com isso
Desenho animado
O último pedaço do cornetto
Sonho de valsa trio
Ovo de páscoa do Ouro Branco
Bolo de cenoura com cobertura de chocolate bem molhadinho
Vento na cara
Cheiro de amaciante
Fotos com cara de antiga
Chopp gelado
Petiscos, todos eles
Música que me arrepia
Música que me empolga
Me sentir disposta para fazer a coisa mais entediante do mundo
Fazer a coisa mais entediante do mundo e me sentir feliz por isso
Estar finalmente decidida de algo, eu quase sempre não estou
Me sentir aceita
Pele bronzeada
Dourado e prateado
Colares sem pingente
Pulseiras de couro
Salto grosso
Vermelho
Cheiro de cebola sendo frita
Marvin e Mcdonalds
Cafuné
Ser acordada com calma, bastante calma
Pessoas calmas
Sensação de: Caramba! Como você me faz bem!
Papo fiado
Banquinho na porta de casa
A 714
Minha infância
Praçinha de interior
Piada
Espanhol
Pessoas educadas
Água gelada
Picolé de limão e sorvete de maracujá com flocos
Ferrero Rocher e Amandita
Natal e o clima: todo mundo se ama
Dedos compridos
Cabelo bem cortado
Livro com letras grandes
Livros grandes
Cheiro de nota fiscal
Relógio grande
Óculos grandes
Casa vazia
Espelhos
Azul marinho
Cheiro do mar
Sábado à tarde no Rio de Janeiro
Pessoas engraçadas
Férias bem longe
Sensação de alívio
Lençois combinando
Quarto sem muito móvel
Tv à cabo
Beijo na ponta do nariz
Abraços
Arroz com feijão
Descobrir boas bandas
Descobrir bons sites
Um bom ouvinte
Franja
CACHORROS, MUITOS CACHORROS
Piscina de noite
Praia de noite
Sim, eu gosto de lual
Legião Urbana
Céu de Brasília
Dirigir de madrugada
Nariz grande
Não fazer nada e me sentir bem com isso
E escrever baboseiras e achar interessante quando eu reler meses depois

Lembrar depois de achar que tinha esquecido pra sempre.
(2007)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mundo moderno para quem quer

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

- Clarice Lispector -


Às vezes bate a vontade de pegar dos outros a junção de várias palavras, que são nossas, mas que de alguma forma, alguém conseguiu maravilhosamente bem encaixá-las e torná-las verdade. Verdade para o autor, verdade para qualquer um que se identifique. Palavras que ganharam um dono, mas na verdade ao mundo pertence. Agora elas são minhas e fazem parte deste instante.
Sentada em uma cadeira nada confortável, com o corpo abatido e a mente cansada, cá estou eu presa nesta tela. Não sei bem exatamente o que falar, embora tenha tanto a dizer. Isso me fez lembrar das vezes que surto dentro do carro, no meio do trânsito. Algo avassalador me corrói por dentro - acho que são as músicas sem nexo que ouço - e de repente, subo os vidros, como quem precisa daquilo mais que tudo na vida e disparo um AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! Esses dias um cara do carro ao lado abriu a janela e mostrou uma cara de preocupação que me deu até pena. Pena dele, não de mim. Não foi loucura. Eu tenho pena de todos nós, que em meio a TANTA LOUCURA, não temos nem aonde e nem com quem extravasar nossos demônios. E eu preciso, senão posso acordar morta, morta por dentro mesmo...eu não me aguento.
Podia listar todas as coisas que me fazem berrar dentro de um carro. O Renato Russo soube bem explicar em palavras esse impasse, "só sei do que não gosto". Achei que após todos esses meses, eu estaria mais entusiasmada e algo absurdamente legal iria acontecer comigo. O que de fato é absurdamente legal pra você? Pra mim, neste exato momento, seria me sentir bem e segura. Juro. Queria poder sentir lá no fundo a segurança vinda de alguém e de algo. Sempre escolho pelo caminho mais longo e doloroso. Sempre me enrolo numa bola de neve, achando que no final eu terei um jogo de cintura DAQUELES pra sair da situação. O que não é verdade, porque eu nunca tive essa malemolência toda e sempre me estrepei. E continuo me estrepando....
Para finalizar essa confusão de pensamentos (que ainda não chegaram ao fim), eu me retiro deste momento de angústia - sem causa determinada - e vou mergulhar na vida que preciso levar e não na que QUERO levar.
Eu vivi e vivo de momentos, emoções, inseguranças e sonhos sem era nem beira.
Mas acho que cansei de ser o que no fundo eu não faço a mínima vontade de ser. Sou frágil exatamente do mesmo jeito que aquele vaso carérrimo é. Sou medrosa da mesma forma que aquela menina, enquanto segura com força o dedo da mãe, pede ajuda. Sou sem rumo feito aquele passarinho que pousa em todos os galhos e nunca para queto em nenhum. Sinto que apareço e desapareço na vida dos outros - muitos do que amo - da mesma forma que a fumaça daquela xícara de café some. Demasiadamente incompleta.
Me apaixono a cada segundo. Me "desapaixono" a cada segundo.
Mas amo para sempre e preciso do "sempre" para me sentir completa e não viver essa vida em vão.

domingo, 8 de novembro de 2009

Deixa eu ser

E aí começa assim:
Tudo começou quando um dia li uma matéria na revista Claudia. Mas aí é que está a grande jogada. Não foi uma matéria qualquer, essas que eu leio todo dia e minutos depois me esqueço. Essa foi escrita pra mim, me senti ali presente, como se tivesse sugerido a pauta e servido ao mesmo tempo de fonte. Mas não, eu era apenas a leitora, aquela que se indentifica perdidamente, lê, relê e pensa: putz, descobriram um termo pra o que eu sinto, não estou tão perdida assim.
Beleza, até aí tudo bem.
Enquanto que na loucura da minha faculdade (na verdade a loucura ocorre para mim), a época de começar o impresso chegou. No meio dessa confusão e pra variar confusa sobre minhas pautas, eis que surge uma ideia. Claro! A Claudia serviu para alguma coisa. Ufa, felizmente ou não, essa pauta foi a única aceita e até o final da reunião permaneceu como a escolhida. O que fazer? Eu me sentia totalmente envolvida, estava feliz pelo resultado, o trabalho seria pesado e ao final até poderia aprender como tratar desse "problema".
A vida tem cada uma. Neste exato momento eu interpretei toda essa história de uma outra forma. Essa é a minha chance de virar o jogo e sair de um jeito tranquilo desse semestre "quinto dos infernos". O tema, era de total aceitação e preenchia todos os quesitos, como se eu tivesse marcado todos os itens do teste "prove como você está se sentindo em relação ao seu futuro", sabe como é? Se todo esse tempo, senti e sinto tanto medo assim, me coloco sem choro nem vela na pior das colocações ( e não preciso da ajuda de ninguém pra isso), agora é a hora de dar uma basta de uma vez por todas. Nosso cérebro é o nosso pior inimigo, e aqui neste blog, não preciso colocar citações ou estudos de especialistas que comprovem essa afirmação. Nós sabemos disso. Nós vivemos isso. E eu vivo e sei exatamente como ISSO funciona. Você aí, quem sabe exista alguém por aí do outro lado, sabe como é. Lutar contra o medo, alienações, limitações impostas por nós mesmos, crises intermináveis de inseguranças não é fácil. Ninguém está aí pra te ajudar verdadeiramente, cada um já carrega consigo a obrigação de fazer da vida, algo saudável, afinal de contas, viver é para poucos, enquanto que muitos estão por aí apenas sobrevivendo.
Minha batalha é diária.
Acordo todo dia com vontade de vestir outro corpo, interpretar outro papel e conhecer uma realidade mais maleável. Todo dia, mesmo que por uns minutos, eu penso em fazer uma terapia, ter alguém que me ouça com total disposição e que me dê em troca um olhar compreensível e soluções para os meus "problemas". Queria entender o motivo pelo qual eu sempre esqueço de ir atrás, viver atrás dessas respostas está me deixando desacreditada de muita coisa. Ainda bem que eu sei, no fundo eu supero, abstraio, sinceramente acho que desenvolvi uma ferramenta para deletar tudo que me apavora, embora nem sempre consiga apagá-las de vez. Eu tento.
Nunca fui de acreditar piamente em horóscopo, porém, volta e meia me pego lendo a respeito e me surpreendo com a explicação que fazem sobre o Aquariano. "Aquarianos, em geral, sofrem de altos e baixos de voltagem nervosa. Como sua cabeça vai longe e rápido, estão sujeitos a alterações bruscas de ritmo psiquíco. Ciclotímicos, eles passam abruptamente a uma rabugice infernal. Estas mudanças inexplicáveis de humor são normalmente seguidas de surtos de neurastenia, quando os aquarianos têm ímpetos de apontar um rifle para a janela do vizinho ou afogar na banheira o telefone que não pára de tocar." Mas no meio dessa eletrecidade toda, liberdade é meu sobrenome. Liberdade é o segundo nome de todo mundo, todos buscam esse sentimento, essa realidade. Imagina se sentir longe dela? Imagina sentir que ela está sendo afastada por pessoas que teoricamente deveriam te proporcionar em pequenas doses ao longo de todos os minutos e segundos da sua vida. Imagina quão assustador isso é.
Nunca devemos fazer parte dessa loucura toda. Nunca e em hipótese alguma, mesmo que seja difícil, nunca mesmo deveremos depositar todos os erros em cima das nossas costas e muito menos acreditar quando nos fazem pensar dessa forma. Sempre vai existir a opinião sem fundamento, a opinião egoísta. Viu, isso acontece aí, isso acontece aqui também. E em todo canto.
Queria apagar esses medos, poder vestir outro corpo, injetar coragem direto no sangue e seguir. Queria planejar menos, agir como gente grande e confessar minhas fustrações. Queria ter voz firme, pulso forte e voz mais branda. Queria passar mais tempo com a minha mãe, fazer dessa fase, um período de lutas e vitórias. Queria trazer orgulho, reconhecer a importância das pequenas coisas, reclamar menos e acordar mais vezes com o coração inquieto de alegrias. Queria ser ouvida com carinho quando estou falando, queria ouvir com paciência quem está querendo carinho.
Queria um mundo de coisas, um mundo de sentimentos. E nunca ficarei satisfeita.
A auto sabotagem é assim.
Eis a pauta mais sincera da minha vida.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tudo quanto penso,
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou.

Extensão parada
Sem nada a estar ali,
Areia peneirada
Vou dar-lhe a ferroada
Da vida que vivi.

[...]

Pudesse ser toda a vida,
Pensar todo o pensamento -
Então [...]


Fernando Pessoa